Quem é o estudante de ensino superior EaD do Brasil?

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O ensino superior na modalidade a distância, conhecido popularmente como EaD, teve um aumento grande no interesse dos alunos nos últimos anos. Em 2010, ele correspondia a apenas 17,43% das novas matrículas (380.328 calouros de um total de 2.182.229). Já em 2018, data do último Censo da Educação Superior disponível, essa taxa saltou para 39,85% (1.373.321 calouros de um total de 3.445.935). 

Isso se deve, também, ao aumento no número de pólos disponíveis da modalidade. No início da década passada, eram 5.361 chegando a apenas 4.915 em 2015. De lá para cá, entretanto, houve uma explosão acarretando em 12.112, em 2018. Isso se deve muito ao Decreto 9057, de 2017, que flexibilizou o fluxo de aprovação dos cursos superiores na modalidade EaD, desburocratizando todo o processo, diminuindo o tempo de abertura de um polo e aumentando o número de oportunidades para eles. Antes, a demora era de 2 anos e agora passou a ser 6 meses, em média.

Mas quem é o estudante de ensino superior EaD? O que ele procura na modalidade? Qual a característica socioeconômica dele? Ao longo deste artigo, vamos apontar esses e outros pontos que montam qual é o perfil do estudante. Confira!

Antes de mais nada, é importante apontar que a qualidade do ensino superior EaD vem melhorando nos últimos anos

O ensino superior a distância já sofreu de muito preconceito perante aos estudantes, afinal, por conta da modalidade ser mais vantajosa financeiramente, muitos acreditavam que a qualidade não vinha junto. Mas isso tem mudado de uns anos para cá. 

De acordo com o Conceito Preliminar de Cursos, CPC, mais conhecido como Nota do MEC, a modalidade vem apresentando grande melhora na avaliação do ensino. Em 2019, pela primeira vez, o EAD teve, proporcionalmente, mais cursos com nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do INEP do que o ensino presencial. Segundo a avaliação, 2,7% dos cursos da modalidade EaD receberam nota 5 contra 1,6% da presencial. Em 2017, a proporção era de 0,4% e 2,4%, respectivamente. Vale lembrar que o CPC é a principal avaliação para a qualidade dos cursos de ensino superior. 

Isso, entretanto, não significa que os cursos de ensino superior perderam a característica que mais atraem os estudantes: o bolso. Segundo levantamento do Quero Bolsa, utilizando as ofertas da plataforma, a média de mensalidade do ensino presencial no Brasil é de R$1.167,37, enquanto que a média de mensalidade do EaD é de R$340,95. Ou seja, os cursos EaD tem preços 70,8% mais baratos, em média. Os dados são de julho de 2020, considerando os preços sem bolsa de estudo. 

Isso se deve a fatores muito claros. Abrir um curso EaD é, em suma, mais barato que um curso presencial. A estrutura necessária para fazer uma graduação de qualidade é menor, já que um polo pode ser reutilizado para várias turmas, o material pode ser gravado e utilizado por várias pessoas e sem limitação de público. 

O que o estudante procura quando escolhe o curso EaD?

Os cursos têm atendido às expectativas da maioria dos alunos, segundo pesquisa realizada com 3.400 estudantes matriculados no EaD para a elaboração do Panorama do Ensino Superior Privado no Brasil, do Quero Bolsa. 79% dos estudantes consideraram a qualidade do ensino como excelente ou boa e apenas 2% apresentaram insatisfação.

Analisando as principais vantagens e o que eles procuram quando optam pela modalidade, 44% destacaram a flexibilidade de horário,  27% apontaram as mensalidades mais acessíveis, por fim, 11% disse que a localização dos polos de apoio para atividades presenciais é outro atrativo importante.

O EaD é para pessoas que já se inseriram no mercado de trabalho e terminaram o ensino médio há algum tempo

Por mais que a gente ainda esteja visualizando um aumento dos estudantes de EaD logo após se formaram no ensino médio, a maioria dos estudantes tem mais de 30 anos. 

Em 2010, entre os novos ingressantes com essa idade entre 17 e 24 anos, (1,21 milhões), apenas 88 mil eram em EaD. Já em 2018,  entre os calouros com essa faixa etária (1,8 milhões), a porcentagem do EaD chega a 22,1%. 

A maior faixa de estudantes está presente está entre os 31 a 40 anos, com 33,86%. No presencial, nessa mesma faixa, essa proporção cai para 13,08%. Além dessa faixa etária, temos:

  • Até 18 anos – 1,37%;
  • Entre 19 e 24 anos – 22,26%;
  • Entre 25 e 30 anos – 24,08%;
  • Maior que 40 anos – 18,42%.

Entre os cursos presenciais, a maior porcentagem está na faixa dos 19 e 24 anos, com 55,34% dos matriculados, um total de 3,5 milhões.

Quais são os 5 cursos mais procurados?

Alguns cursos não estão disponíveis na modalidade a distância, como, por exemplo, Direito e Medicina. Alguns estão apenas presentes na modalidade de ensino híbrido (que une cursos a distância e presencial). Assim, segundo os dados do Censo da Educação Superior 2018, esses são os 5 cursos com mais inscritos:

  1. Pedagogia 478.103 matriculados
  2. Administração 221.602 matriculados
  3. Ciências Contábeis 132.401 matriculados
  4. Recursos Humanos 98.838 matriculados
  5. Serviço social 86.447 matriculados

E quais foram os cursos de EaD mais procurados durante a pandemia?

Durante o período da pandemia, por conta da falta de captação pelas instituições de ensino presenciais, o número de estudantes matriculados e a procura de cursos EaD cresceu bastante. Segundo dados do Quero Bolsa, esses foram os cursos mais buscados na plataforma (incluindo graduações semi-presenciais):

  1. Administração;
  2. Pedagogia;
  3. Ciências Contábeis;
  4. Enfermagem;
  5. Psicologia;
  6. Educação física;
  7. Nutrição;
  8. Análise e Desenvolvimento de Sistemas;
  9. Gestão de Recursos Humanos;
  10. Farmácia.

Como entrar nessas faculdades?

As principais formas de entrar em cursos de ensino superior a distância passam pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Através dele, você pode usar sua nota no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) (a partir do segundo semestre de 2020, cursos de ensino superior público a distância), Programa Universidade para todos (Prouni) e Financiamento Estudantil (Fies). Através dela, também é possível participar de financiamento privado, que tem disponíveis bolsas de estudo, sem comprovação de renda, de até 75% que valem para toda a graduação. É uma boa oportunidade de ter descontos no ensino superior.

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*Este post foi produzido pelo time da Quero Bolsa, em parceria com a nossa equipe.

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